25.09.19
Ontem, nas palavras ouvia o teu silêncio.
Hoje, no silêncio da noite, oiço as tuas palavras.
Ontem, passeavas comigo junto ao mar.
Hoje, estás sentada na pedra da saudade.
Este poema é imperfeito,
Falta-lhe a alegria das palavras,
Ditas,
Não ditas.
Escritas.
Ontem, desenhavas um sorriso na minha mão.
Hoje,
Hoje, com a minha mão, desenho um sorriso no teu retracto…
E beijo-o,
Como se ele fosse o nascer do sol,
O luar,
Ou a noite em construção.
Ontem, estavas cá…
Hoje, tenho a certeza de que estás cá…
Algures,
Junto a mim.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
25/09/2019