26.03.23
Habito neste corpo sem espaço,
Deste corpo ensanguentado
Quando a Primavera promete um abraço…
Neste corpo ausentado.
Habito dentro deste mar
Que transporto na minha mão,
Habito em todas as noites de luar,
Das noites onde procuro o pão.
Habito neste corpo sem nome,
Deste corpo sem identidade…
Habito dentro deste corpo em fome…
Da fome das palavras que deixarei de escrever.
Habito nesta ausência que traz a saudade…
Na saudade de morrer.
Alijó, 26/03/2023
Francisco