09.07.22
Quando o beijo envenenado
Desce na tua boca em delírio alimento,
Quando a espada sobre a cabeça do condenado
Escreve o poema da verdade;
Quando as flores levadas pelo vento
Trazem as palavras da saudade,
Quando acorda a manhã, quando morre a madrugada.
Quando a tua sílaba alicerçada aos teus seios madrugar,
É canção revoltada,
Quando trazes a mim o desejo desejado
Que só a tua mão sabe desenhar…
Neste meu corpo cansado.
Quando tudo isto acontecer,
Quando o poema em construção
Deixar de viver
E voar nas mãos de uma criança mimada;
Então, terei o teu coração
Que nunca mais irei esquecer.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 8/07/2022