11.08.19
Amor!
Todos os beijos são poucos,
Quando a madrugada dorme.
Sonho,
Alimento-me do teu sorriso brincando nos socalcos,
Ao fundo o rio,
Um magala desempregado,
Desce a Calçada,
Senta-se no teu colo…
E escreve o mais belo poema de amor.
O que é o amor?
Um silêncio perdido na escuridão?
Uma mulher em cio plantada num qualquer jardim da cidade?
O amor é a morte dos curiosos,
O cerrar de todas as janelas da cidade,
Dois corpos em chamas,
Despidos no desejo nocturno dos pássaros sem nome.
O amor é quando dos teus lábios brotam cerejas,
E uvas,
E mangas,
Do meu quintal de Luanda.
O amor é belo,
Como as nuvens envergonhadas,
Nas lâmpadas silenciosas do amanhecer.
Amor!
Todos os abraços são palavras dispersas que habitam a minha boca,
Quando ela se entranha na tua…
E ouvimos o chilrear das andorinhas em flor…
O amor é.
Acontece,
Vive-se,
E nunca se esquece…
Ai o amor, meu amor!
Francisco Luís Fontinha – Alijó
11/08/2019