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francisco luís fontinha

Nunca vi o mar, A minha mãe sonâmbula nas noites de cacimbo desenhava o mar no teto da alcofa, um círculo com olhos verdes e sorrisos e cheiros que aprendi a distinguir antes de adormecer, e eu, e eu... francisco luís fontinha.

francisco luís fontinha

Nunca vi o mar, A minha mãe sonâmbula nas noites de cacimbo desenhava o mar no teto da alcofa, um círculo com olhos verdes e sorrisos e cheiros que aprendi a distinguir antes de adormecer, e eu, e eu... francisco luís fontinha.


08.07.17

Uma caneta cravada no peito,

Jorram palavras amargas das veias do poeta,

O homem suicidado deita-se no chão firme junto ao mar…

Uma árvore cintila no vento invisível da noite,

A morte,

O homem suicidado sorri das flores sobre o seu corpo,

A cada dia, uma amoreira dorme,

Sonha…

Inventa desenhos no silêncio da escuridão,

A viagem renasce ao nascer do Sol,

A aventura de galgar os rochedos da solidão,

Adormecidos os corpos nos fósforos da miséria…

O poema grita,

Chora…

Uma caneta cravada no peito do artista,

O fim aproxima-se enquanto lá fora uma criança brinca…

E chora,

O poeta grita…

E morre na tua mão.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 8 de Julho de 2017


08.01.15

uma caneta no silêncio da noite

vagueia na mão da liberdade

beija palavras

e abraça-se aos desenhos que só as paredes de um olhar

conseguem projectar

na madrugada de uma cidade…

não há covarde

ou idiota

… ditador

cabrão…

que com uma espingarda

ou canhão

consiga amedrontar

a palavra

disparada

pela caneta no silêncio da noite!

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Quinta-feira, 8 de Janeiro de 2015


28.02.14

foto de: A&M ART and Photos

 

Perdidamente só dentro das quatro colunas imaginárias de granito envergonhado,

habito no medo pelo medo, de... medo do medo, com medo, não sabendo que sou um transeunte desgovernado,

vivo e desabito a vida de ser sem o ser,

não percebo porque voam os corpos com asas de papel saudade,

inventando Oceanos de algodão nos lábios das meninas de trapos,

bonecas com sabor a infância e que trazem nos olhos a esperança...

esperança de... não terem esperança porque a esperança deixou de fumegar na lareira do desejo,

morreu o Amor e morreram todos os poemas de Amor,

morreram os homem da caneta de tinta permanente,

tenho uma na minha mão (de José António Tenente),

cansado de mim e das tuas palavras com sabor a argila negra,

permanente só, só... só dento do meu eu...

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2014


26.04.12

Segunda-feira
a caneta pesada
terça-feira
a caneta cansada
quarta-feira
a caneta deitada
(excito-a e nada)
quinta-feira
a caneta começa a escrever
e na sexta-feira
sem eu saber
a caneta desmiolada
manda-me foder

(que saudades do tinteiro e do aparo)

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