21.02.23
Em teus lábios,
Exoplaneta em flor,
Ao cansaço em pedacinhos de mel,
Dos corredores onde me perco,
E me escondo do teu olhar,
Em teus lábios,
Onde poisa o sonolento mar
E as primeiras lágrimas da manhã,
Trazem a ti a ausência,
Uma máscara de sono,
Lentamente,
Em solidão,
Acorda a areia fina dos tristes luares que a noite assassina,
E do teu corpo,
Ergue-se o poema.
Escrevo-te, escrevo-te na lentidão do silêncio,
Quando colocas sobre mim,
As tristes imagens de um Oceano em fuga,
Onde se afoga o sonho,
Onde se esconde o sonho,
Em teus lábios,
Meu amor pedaço de mel…
Habita o lugar perdido
Que apenas as tempestades conhecem…
E do medo,
Vem a mim o teu corpo desejado.
Alijó, 21/02/2023
Francisco Luís Fontinha