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francisco luís fontinha

Nunca vi o mar, A minha mãe sonâmbula nas noites de cacimbo desenhava o mar no teto da alcofa, um círculo com olhos verdes e sorrisos e cheiros que aprendi a distinguir antes de adormecer, e eu, e eu... francisco luís fontinha.

francisco luís fontinha

Nunca vi o mar, A minha mãe sonâmbula nas noites de cacimbo desenhava o mar no teto da alcofa, um círculo com olhos verdes e sorrisos e cheiros que aprendi a distinguir antes de adormecer, e eu, e eu... francisco luís fontinha.


17.01.23

Sem Título.jpg

Nada tenho contra os animais, pelo contrário; adoro-os.

Mas começo a ver uma sociedade mais preocupada com o cão e com o gato de que, em alguns casos, com os filhos ou com os pais.

Conheço alguns casos. Deixam as crianças na escola, como se esta fosse um depósito de coisas, e depois o professor que se amanhe, deixam os pais no lar, e quase não os visitam…

E depois vão para o jardim passear o seu animal de estimação.

Vão almoçar ou jantar ao restaurante, dão o telemóvel aos filhos para estarem entretidos e caladinhos, e ao colo, têm o cão e o gato.

E eu pergunto se não seria melhor, em vez de adoptarem um cão ou um gato, adoptarem uma criança, num país com tantas crianças em lista de espera nas nossas instituições de solidariedade social

E há tantas crianças com fome, não de pão, mas de amor.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha


08.01.23

É pena que o Município de Alijó não tenha ideias para apoiar os artistas locais.

Um Município desprovido de ideias, sem projectos para o apoio aos artistas locais que são muitos.

Ontem, um grupo de amigos (o colectivo da cigarra) organizou um pequeno mercado de Reis, que foi o começo de muitas coisas; lamento que esta iniciativa não tenha sido organizada pelo Município de Alijó e porque não fazer esta iniciativa uma ou duas vezes por mês?

Porque Alijó não é só vinhos e caça.

Alijó é muito mais de que isso.

 

Francisco Luís Fontinha


09.02.22

Avança mar adentro

Vestido de Dragão,

Não o mereço,

A tempestade e o vento,

Não o mereço,

Cada pedacinho do teu coração,

Cada momento.

Avança mar adentro

Vestido de gaivota,

Não o mereço,

Palavras e tempo,

Não o mereço,

Tantos círculos à minha volta,

Tantos círculos em lamento.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 09/02/2022


30.10.21

Tínhamos na mão

O silêncio dos pássaros adormecidos,

Sentiam a fome no coração,

O coração dos poemas perdidos.

 

Eram palavras que se semeavam na tempestade,

Enquanto no mar,

Havia barcos com saudade,

Na saudade de abraçar.

 

Tínhamos beijos em pedacinho adormecer,

Tínhamos barcos em revolta,

Tínhamos palavras para escrever,

 

Palavras sem nome.

Palavras que andavam à volta,

À volta da fome.

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 30/10/2021


10.12.15

Este apeadeiro sem telhado

Sofrido nas frestas e nas ripas e nos pregos

A farsa de um comboio vomitando na noite escura

Palavras

Apitos

E homens de chapéu negro

Inventam uma revolução

Eles gritam

“queremos pão”

Não é crime pedir pão

Não é crime ler com um pão na mão

Crime é sentir a liberdade

Sentada

Numa jaula com grandes de cartão…

Crime é não ter a liberdade desejada.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

quinta-feira, 10 de Dezembro de 2015

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