16.04.22
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16.04.22
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16.04.22
Quando percebes que em cada pedacinho de silêncio
Habita uma imagem de saudade.
Que em cada movimento do bater de asas de um pássaro
Existe um rio em pequenos círculos
Às voltas de uma montanha.
Quando percebes que o som das sombras e cheiros
São na verdade o prazer de estar vivo.
E quando o Vale do tua e seu rio
Se alicerçam ao teu peito,
Isso é, felicidade.
Isso é poesia.
Isso é… tudo.
Alijó, 16/04/2022
Francisco Luís Fontinha
15.02.21
02.01.21
Quando a cidade se despede do pó e,
Uma nuvem de silêncio acorda no Vale do Tua,
A cidade morre; como morreram todas as pedras da cidade.
A terra adormece na insónia sombra da manhã,
O rio corre entre rochas e suspiros,
Como dois amantes,
Antes de nascer o Sol.
Ai senhores, tão nobre beleza!
Deitar-me enroscado ao cobertor de cinzas,
Da poeira morna do meu velho cigarro,
Erguer-me e, lentamente, aconchegar o meu estômago ao pobre silêncio granítico da alma.
A mesma cidade de há pouco,
Despenteada, de barba enrugada, caminha lentamente nas margens do Tua,
A alma veste o veneno mais belo da montanha,
Como uma criança,
Deitada na esperança.
Sonha o homem,
Sonha a mulher,
Sonham todos os pássaros do Ujo…
Até que um relógio de sombra,
Se senta na minha mão.
A invisível parede de vidro,
O fumo agreste do néon silêncio,
O barco em papel, o poema escrito no barco em papel…
Como todas as palavras das margens deste rio.
Oh Tua!
Mensagens cíclicas em nome de Deus,
Beleza do teu prazer,
Quando a cidade se despede do pó e, todos os Céus –
São motivos para escrever.
Francisco Luís Fontinha, Alijó – 02/01/2021
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